terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Quebra das receitas já ameaça défice de 2013




A derrapagem nas receitas fiscais em 2012 pode prejudicar a execução do Orçamento deste ano, admitem os técnicos do Parlamento.
A Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO) estima em 670 milhões o desvio das receitas em relação à estimativa que serviu de base para a elaboração do Orçamento de 2013.
"Este desvio de 670 milhões de euros face à estimativa de receita fiscal efectuada em Outubro passado poderá, por efeito de arrastamento, implicar uma dificuldade acrescida na obtenção de receita no corrente ano, uma vez que aquela estimativa terá servido de base para a projecção da receita fiscal de 2013", refere a UTAO no documento final de análise à execução orçamental de 2012 em contabilidade pública.
Em 2012, o Fisco arrecadou 32.833 milhões de euros em impostos, um desvio de 670 milhões face à estimativa apresentada em Outubro e uma derrapagem de 3.641 milhões de euros em relação ao Orçamento inicial.

BCE precisa de 2.000 novos funcionários





Relatório encomendado por Draghi diz que BCE precisa de duplicar o número actual de trabalhadores para responder às novas funções.
O Banco Central Europeu (BCE) vai precisar de mais do que duplicar a sua actual força de trabalho e contratar cerca de 2.000 novos trabalhadores para garantir o cumprimento das suas novas funções de supervisão bancária, segundo um estudo citado hoje no Financial Times.

O documento, encomendado por Mario Draghi e pelo conselho executivo do BCE e apresentado no mês passado, deixa várias recomendações ao banco central, nomeadamente a contratação rápida de novos funcionários para desempenhar com sucesso as suas novas funções e, deste modo, proteger a sua reputação.

Segundo o diário económico britânico, o relatório foi elaborado pelo Promontory Financial Group (PFG) e oferece uma perspectiva da dimensão que o BCE terá quando assumir as novas competências no início do próximo ano.

As recomendações não são vinculativas, mas o próprio Vítor Constâncio, vice-presidente do BCE, tinha já admitido que a instituição precisa de contratar funcionários para responder às suas novas funções.

Outras das recomendações do PFG, mais na área de ‘governance', é a de que os representantes nacionais do novo conselho de supervisão - onde terão ainda assento quatro representantes do BCE além de um presidente e do vice-presidente -, se abstenham de participar nos assuntos directamente relacionados com os bancos do seu país para que as decisões sejam mais objectivas.

No total, até 2017, serão 130 instituições bancárias que passarão a estar sob o olhar directo de Mario Draghi.